Se ainda não ouviu falar, fica por aqui, que eu vou te contar um pouco sobre ele.
O Marco foi aprovado na última COPBio-15, concluída em dezembro de 2022 e tem uma estrutura muito semelhante ao Acordo de Paris, para o clima, especialmente quanto criação de 23 metas para 2030 e uma visão para 2050, a obrigatoriedade de os países apresentarem suas contribuições para implementação dessas metas (as Estratégias Nacionais para a Biodiversidade e Plano de Ação (NBSAP) e o engajamento do mercado financeiro para a promoção e concretização dessas metas.
A visão para 2050 é a de um mundo vivendo em harmonia com a natureza, com a valorização da biodiversidade, conservada, restaurada e usada com sabedoria, com a manutenção dos serviços ecossistêmicos e dando suporte a um planeta saudável que entrega benefícios essenciais a todos os povos.
É utópico? É, mas o bacana é o caminho concreto que está sendo desenhado para tentar chegar lá. É aí que entra o ESG e, especialmente, os mercados financeiros...
Uma das metas do Marco cria, assim como o Acordo de Paris o fez, a ideia para a criação de um mercado de créditos de biodiversidade e de outras estruturas de financiamento, como pagamento por serviços ambientais, green bonds, dentre outros.
E nessa iniciativa, começamos a ver iniciativas importantes de inclusão dos impactos à natureza como critérios de avaliação de sustentabilidade econômica por instituições financeiras, como lastro para possíveis títulos, papéis e fundos temáticos.
O Marco faz uma chamada ao investimento privado, à promoção dos mecanismos de blended finance e outros mecanismos financeiros para projetos capazes de gerar um impacto positivo na natureza ou de conservação e restauração da biodiversidade.
Buscando começar a implementação do Marco, a UNFPI lançou recentemente os Princípios da Responsabilidade Bancária - PRB específicos, chamados PRB Nature Target Settings.
Mas esse é tema para um outro artigo. Vamos falar mais sobre isso?
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