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  • Foto do escritorLuciana Vianna Pereira

Vamos explicar a materialidade no ESG?


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Costumo dizer que a materialidade é uma lente pela qual uma empresa deve olhar para as suas metas e medidas ESG, ou pela qual o mercado deve olhar para as sociedades investidas, ou pela qual o banco deve olhar para o emissor de um título antes de adquiri-lo, ou pelo qual uma seguradora deve olhar o tomador do seguro.


Digo que é uma lente porque antes de a empresa sair por aí divulgando que é ESG ou tentando adotar "medidas, práticas e programas ESG", a primeira coisa que deve fazer é olhar para dentro de sua estrutura, de seu mercado, de seu setor, de seus consumidores e pensar: o que de ESG é material para mim? O que de ESG se aplica a minha estrutura e ao meu setor? Para que o ESG pode servir para o meu negócio?


E, pelo lado do mercado financeiro, bancário, segurador, o olhar é o mesmo: o relatório de sustentabilidade daquela empresa, o que ela divulga como sendo ESG faz sentido para a sua realidade, para o seu setor, para a sua região, para ela em si.


Vamos pensar no seguinte exemplo: uma indústria da moda tem muitas mulheres no seu corpo executivo e altos cargos, mas importa tecidos de fornecedores que usam mão de obra infantil.


Ter mulheres em altos cargos não é material para essa empresa. Não ter mão de obra infantil na colheita do algodão ou fabricação dos seus produtos é material.


Mas para além desse conceito, é importante saber que bo ESG distingue-se a materialidade financeira da materialidade de impacto.


A materialidade financeira diz respeito aos impactos ambientais, sociais e de governança que podem impactar a empresa, seu valor, sua operação, sua lucratividade.


A materialidade de impacto diz respeito aos impactos ambientais, sociais e de governança causados pela atividade da empresa para fora, no planeta e nas pessoas.


A combinação das duas é chamada dupla materialidade.


As normas da União Europeia tem focado na dupla materialidade, enquanto os padrões IFRS S1 e IFRS S2, que serão obrigatórios no Brasil, a partir de 2026, focam na materialidade financeira.


A definição da extensão da materialidade aplicada ao seu negócio depende de uma análise criteriosa da sua atividade, do seu negócio, de seu plano de negócios e projeções de crescimento.


Quer saber se vale a pena e como montar um Programa ESG pra sua empresa? Entre em contato.

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